Pirenópolis recebe no próximo domingo (28/06) a quarta apresentação da Mostra Expandida de Dança Manga de Vento. A atração dessa vez fica por conta da Cia d Fora, do Rio de Janeiro, com o espetáculo Os Transtornos Passam, a Dança Fica, que será às 17h na Praça Central.

A Cia d Fora desenvolve criações coletivas e experimentações que misturam influências diversas das artes do movimento (dança contemporânea, dança de rua, capoeira, acrobacia, esporte). A Cia vê a dança para além da estrutura tradicional do palco, especialmente desde a perspectiva dos movimentos da dança vertical (que usa técnicas e equipamentos de escalada) e sua interação com estruturas arquitetônicas e com o ambiente de natureza. O trabalho da Cia busca outras relações do corpo com o eixo, os planos, objetos e estruturas que o cercam e que suportam sua presença, movimento e expressão, buscando também uma aproximação diferenciada do público à dança e às ideias contemporâneas.

O grupo foi criado em 2011 pelo coreógrafo e bailarino Jefferson Antonio, nascido e morador do subúrbio do Rio de Janeiro, cria da dança de rua e da cultura negra fervilhante nessa região da cidade. Após anos de experiência em grupos internacionalmente reconhecidos como Cia de Dança Deborah Colker e Intrépida Trupe, Jefferson reuniu outros experientes artistas e profissionais em torno de uma nova proposta, que procura aproveitar artisticamente as vivências de cada um dos integrantes do grupo.

A Cia tem como premissa buscar o lado de fora, significando tanto a união criativa de artistas independentes, quanto a realização de apresentações em interação com os meios urbanos e naturais, explorando diferentes possibilidades, espaciais e estéticas, da dança.

Seu espetáculo Os Transtornos Passam, a Dança Fica foi contemplado no Prêmio FUNARTE Artes na Rua 2011, estreou nas ruas do Rio de Janeiro em agosto de 2012 e foi reapresentado em 2013 durante o projeto de ocupação do Teatro Cacilda Becker Dança de Todas as Tribos, Tribos de Todas as Danças. Em maio de 2013, a Cia apresentou uma performance de dança vertical no mesmo Teatro, pela ocasião da abertura da nova ocupação Conexão Cacilda. Participou, ainda, do projeto Conexão Samambaia – Programa de Residências Transestéticas – Encontro sobre Arte, Natureza e Tecnologia, na cidade de Pirenópolis-GO, com experimentos e oficinas de dança vertical, em agosto de 2013.

A Cia também cria performances específicas para eventos, como as apresentações na Babilônia Feira Hype – Coletivo Urbano Criativo (Rio de Janeiro-RJ); na 12a edição do evento de arte Tocayo, realizada no Galpão Ação da Cidadania, na Gamboa (Rio de Janeiro-RJ); nos 5o Jogos Mundiais Militares (Rio de Janeiro – RJ); e na INOA Eveolution Party, da Loréal Brasil (São Paulo – SP), evento vencedor do Jacaré de Prata do Prêmio Caio 2011 na categoria Lançamento de Produtos.

DIREÇÃO ARTÍSTICA / INTÉRPRETE-CRIADOR – Jefferson Antonio

O coreógrafo e bailarino Jefferson Antonio teve sua base na dança de rua e nos bailes black cariocas, desenvolvendo-se, posteriormente, como profissional de dança contemporânea. Fez parte da Cia de Dança Deborah Colker entre 1994 e 2005, pela qual voltou a se apresentar eventualmente, como bailarino convidado, entre 2006 e 2010. Jefferson fez parte, também, do grupo Intrépida Trupe e integrou comissões de frente e alegorias de escolas de samba do Carnaval carioca e do Festival de Parintins, além de ter participado de diversos videoclipes e trabalhos em televisão e cinema. Foi professor convidado no 3o Rio H2K – Festival Internacional de Danças Urbanas e é professor responsável pelo Projeto Social Rio H2K no Viaduto de Madureira (RJ). Coreografou BRASA, espetáculo de passinho (funk), apresentado no Festival X-Tudo Cultural (SESI-RJ) e no Rock in Rio 2013 (Palco Street Dance). É diretor artístico e intérprete-criador da Cia d Fora.

DIREÇÃO EXECUTIVA – Thaís Zveibil

Publicitária e especialista em Gestão Cultural, Thaís Zveibil atuou como produtora, entre outros trabalhos, no Festival Panorama, na Dellarte Soluções Culturais, no Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no Prêmio Orilaxé (Afroreggae) e na Cia de Dança Deborah Colker. Na área de produção de conteúdo, atua como pesquisadora, redatora e também na elaboração de projetos socioculturais, com trabalhos para Oblíquo / desenho & linguagem, Jabuti Filmes, Memorial Minas Gerais (projeto do cenógrafo Gringo Cardia), Museu e Centro Cultural da Casa da Moeda do Brasil, Onda Cidadã/Instituto Itaú Cultural, entre outros. É diretora executiva da Cia d Fora.

DIREÇÃO TÉCNICA / INTÉRPRETE-CRIADOR – Tomás Zveibil

Montanhista/escalador há mais de 10 anos, Tomás Zveibil é instrutor de escalada certificado pela AGUIPERJ e tem certificação internacional em acessos em altura pela IRATA (Industrial Rope Access Trade Association). É praticante de escalada de montanha, esportiva, bouldering e indoor, além de capoeirista. Realizou diversas vias em montanhas no Brasil, Argentina, Espanha e Suíça. Tem experiência como guia de atividades de aventura, em montagem de muros de escalada, em projetos educacionais/esportivos e em serviços técnicos em altura/alpinismo industrial. Possui qualificação em primeiros socorros para turismo de aventura pelo Programa Aventura Segura (Min. Do Turismo/Sebrae/ABETA). É diretor técnico e intérprete-criador da Cia d Fora.

INTÉRPRETE-CRIADORA – Letícia Ramos

Letícia Ramos é natural de Goiânia – GO e artista da dança graduada pela UNICAMP. Atua como bailarina, coreógrafa, educadora, assistente de coreografia e em direção de movimento para dança, teatro e audiovisual. Já trabalhou com coreógrafos como Holly Cavrell (Cia. Domínio Público), Henrique Rodovalho (Quasar Cia. de Dança), Cristina Moura, Paulo Caldas, Luis Mendonça e Andrea Jabor (Cia. Arquitetura do Movimento). Dançou o espetáculo Maracanã, criado por Deborah Colker para o Projeto Cultural da Copa do Mundo de 2006 da FIFA (Alemanha, Áustria e Croácia). Seu solo mR. Z, mR. Zebra ou Skhìzeingraph, em colaboração com Kleber Damaso, recebeu o Prêmio Estímulo de Melhor Coreografia no Festival de Dança de Londrina (2005) e o espetáculo/duo dele resultante, Mr. Zebra, foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2005. Foi responsável por diversas intervenções urbanas e vídeos-dança realizados na rua, como a resultante do Programa Internacional de Residências Trans-Estéticas e Intercâmbio Cultural (Conexão SamamBaia, EMAC-UFG), Irmãos Água e Pazciência (Festival de Dança em Paisagens Urbanas Marco Zero) e Naufrágio. É intérprete-criadora da Cia d Fora.

INTÉRPRETE-CRIADORA – Viviane Alves

Viviane Alves é bailarina de formação clássica e contemporânea pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Lyceu Escola de Dança, Academia de Ballet Tatiana Leskova e Centro de Movimento Deborah Colker. Participou dos projetos sociais Dançando Para Não Dançar, com Thereza Aguilar; Ballet Jovem DeAnima, com Richard Cragun e Roberto Oliveira; e Cia Jovem do Centro de Movimento Deborah Colker. Com esta última, dançou o espetáculo Partida, uma releitura de trechos de espetáculos de Deborah Colker, o qual apresentou na 14a

Biennale de La Danse de Lyon, na França. Atualmente, é professora de ballet clássico e intérprete-criadora da Cia d Fora.

INTÉRPRETE-CRIADOR – Hélio Cavalckanti

Ator, performer e dançarino especializado em danças urbanas, breaking e capoeira, com formação ainda em dança de salão, Hélio Cavalckanti foi campeão dos torneios de breaking Arena Híbrida (3a edição) e Hiphop na Fita (FEBARJ/Lapa), e integrante das companhias de dança Xstyle Dance Company, UBI, Reflexo Urbano, Elemento Surpresa, Flow 021 Crew, Style Carioca e DançaRio. Participou de programas de TV como Zorra Total, Negócio da China e de torneios de dança do Programa da Xuxa. Em 2012, fez parte do espetáculo de teatro Tatata no mundo da Lua…nda, apresentado no Cine Atlântico em Luanda, Angola (África). Fez parte da Crew Oficial do Palco Street Dance no Rock in Rio 2013. É intérprete-criador da Cia d Fora.